Contribuir para que a educação inclusiva e cidadã seja uma alavanca fundamental para a capacitação das comunidades, da sociedade civil e das autoridades públicas em cinco países.
Locais de intervenção
O novo programa de Educação surge numa altura em que persiste a instabilidade política e a fragilidade do sistema educativo, apesar de alguns progressos, como no Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e Chade. Tendo em conta o crescente interesse das autoridades públicas na educação cidadã e inclusiva, o programa EEA centra-se no reforço das metodologias educativas para crianças, adolescentes e jovens vulneráveis, apoiando simultaneamente a sociedade civil. A integração de metodologias inovadoras, como uma abordagem inspirada em Montessori na Guiné-Bissau ou a transferência da metodologia EDI do Brasil para Moçambique, tem mostrado resultados encorajadores, mas precisa de ser mais desenvolvida. A experiência nas escolas corânicas do Chade também realça a necessidade de adaptações locais dos Percursos Cidadãos. Simultaneamente, a segunda fase do programa reforçará a autonomia dos Clubes de Jovens, nomeadamente através da utilização de ferramentas de gestão de projetos, a fim de garantir um impacto duradouro nas zonas onde o programa é implementado.
Nossos compromissos
Estimular o potencial de crianças, adolescentes e jovens de famílias vulneráveis para que se tornem atores de mudança nas suas comunidades.
Incentivar a capacitação e o empenho coletivo dos intervenientes na educação, com vista a sustentar iniciativas educativas inclusivas e socialmente responsáveis.
O projeto em ação
- Diagnosticar as necessidades das crianças em idade pré-escolar e dos adolescentes
- Aplicar métodos de pedagogia ativa com crianças do ensino pré-escolar e apoiar crianças com atrasos ou dificuldades de aprendizagem
- Gerir o Percurso Cidadão com adolescentes vulneráveis
- Formar clubes de jovens para estruturar e planear as suas atividades
- Apoiar as famílias através de sessões de sensibilização e visitas domiciliárias
- Sensibilizar os jovens da região Hauts-de-France para a solidariedade internacional e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
- Formar equipas técnicas para garantir a adoção e a manutenção das metodologias a longo prazo
- Consolidar e revitalizar os fóruns e redes de consulta dos atores públicos e privados do setor da educação
Serão criados grupos de discussão para educadores e animadores de juventude, a fim de apoiar o seu bem-estar e saúde mental, que são frequentemente prejudicados pelo seu trabalho com grupos altamente vulneráveis. A pandemia de Covid-19 pôs em evidência os seus sentimentos de solidão e impotência, que raramente são abordados nos cursos de formação. Estes grupos, inspirados na experiência bem sucedida da ACOMVA no Brasil, reunir-se-ão anualmente e serão dirigidos por psicólogos ou mediadores. Oferecerão um espaço estruturado de intercâmbio e reflexão baseado no princípio de “cuidar de quem cuida”, adaptando-se às especificidades locais.