Contribuir para a transição agroecológica e para a melhoria das condições de vida dos produtores, consolidando as cadeias hortícolas sustentáveis dentro e ao redor das cidades.
Locais de intervenção
Na Guiné-Bissau, em Moçambique e na República do Congo, as zonas periurbanas das grandes cidades apresentam fortes potencialidades agrícolas entravadas por problemáticas comuns: insuficiência de formação e de meios; utilização excessiva e não controlada de produtos químicos prejudiciais ao ambiente e à segurança sanitária; dificuldades de acesso a factores de produção de qualidade; pressão fundiária; problemas de fertilidade; dificuldades de valorização e de acesso aos mercados dos produtos locais face aos produtos importados, etc…
O aumento da produtividade agrícola é, no entanto, uma das prioridades dos governos destes três países para atingir a auto-suficiência alimentar, ao mesmo tempo que as populações não cessam de crescer e que os efeitos das alterações climáticas têm um impacto negativo na agricultura e ameaçam a segurança alimentar. Face a estes desafios, o ESSOR e os seus parceiros propõem reforçar as competências e a resiliência dos produtores/entidades vulneráveis, através de práticas simultaneamente mais produtivas, mais lucrativas e mais respeitadoras do ambiente (promoção da agroecologia).
Este projeto multi-país constitui uma terceira fase de ações destinada a perpetuar as ações iniciadas na segunda fase, nomeadamente em matéria de transferência reforçada e mais eficiente das metodologias para os seus parceiros. Esta fase permitirá também prosseguir e consolidar as dinâmicas lançadas a nível do conjunto dos setores agrícolas e agro-alimentares peri-urbanos (produção e comercialização) criados em Moçambique, Congo Brazzaville e na Guiné-Bissau.
Nossos compromissos
Acompanhar os horticultores a utilizar métodos de produção agroecológicos
Promover os sistemas alimentares territoriais sustentáveis
Reforçar as capacidades dos atores locais para perenizar as atividades e influenciar as políticas públicas agrícolas
O projeto em ação
- Formar os agricultores para a horticultura agro-ecológica e desenvolver uma rede de horticultores líderes
- Capacitar as cadeias agroecológicas já criadas
- Desenvolver a produção e comercialização de insumos agroecológicos: biopesticidas, fertilizantes naturais
- Comercializar produtos agro-ecológicos através do desenvolvimento de redes de comercialização e iniciativas de venda (cooperativas, parcerias com lojas que promovem produtos naturais, restaurantes, supermercados, etc.)
- Organizar eventos de sensibilização sobre o «consumir local» e a alimentação sustentável
- Fortalecer a parceria com as Universidades e sua conscientização sobre a agroecologia
- Reforçar técnica e metodologicamente as ONG parceiras para que possam desenvolver metodologias ESSOR e promover a agroecologia
- Favorecer o desenvolvimento de redes nacionais de promoção da agro-ecologia
ESSOR trabalha com uma metodologia própria do sector Agri, a Formação Agrícola Participativa, que foi aperfeiçoada ao longo dos anos. Afigura-se agora necessário simplificar esta metodologia, muito exigente, para que seja mais facilmente transferível para outros parceiros, num período mais curto (máximo de 12 meses em vez de 24 meses). É igualmente necessário adaptar-se às necessidades dos beneficiários: a FAP é um processo bastante longo, que exige uma longa mobilização da sua parte (4 a 5 horas em cada formação). Os critérios da FAP serão, por conseguinte, revistos, a fim de propor uma nova metodologia: a FAP leve.