Programa “Desafio Agri”

Desenvolvimento agrícola
  • 36 mesesOutubro 2018-Setembro 2021
  • Multipays

Contribuir para o aumento da rentabilidade dos produtores, implementando cadeias sustentáveis na periferia de 5 cidades africanas.

Locais de intervenção

Chade
  • Moundou
Guiné-Bissau
  • Bissau
Moçambique
  • Maputo
  • Nampula
Republica do Congo
  • Brazzaville

A população mundial urbana tornou-se mais numerosa que a população rural: 66% no Congo, 43% na Guiné Bissau, 35% em Moçambique, e 23% no Chade (Banco Mundial, 2017). A agricultura urbana tem um papel importante em diversos domínios: socioeconómico (oferta de emprego), ambiental (espaços verdes, melhoria da qualidade do ar), saúde pública, coesão social e gênero.

Nas zonas periurbanas das grandes cidades onde a ESSOR intervém, os potenciais agrícolas são significativos, mas as problemáticas persistem: falta de assistência, uso excessivo de produtos químicos, pressão fundiária, dificuldades a valorizar os produtos locais em detrimento dos importados, etc…

O aumento da produtividade agrícola é, portanto, uma das prioridades dos governantes destes 4 países a fim de alcançar a autossuficiência alimentar, mesmo que as populações continuem crescendo e os efeitos das alterações climáticas impactem negativamente a agricultura e ameacem a segurança alimentar.

Então o desafio é reforçar as competências dos produtores através de praticas mais produtivas, mais rentáveis e mais respeitosas com o meio-ambiente, e facilitar a estruturação de cadeias de valor hortícolas.

Nossos compromissos

  • Acompanhar os horticultores até os sistemas de produção agroecológica.

  • Estruturar as cadeias hortícolas e agroalimentares artesanais.

  • Promover os sistemas alimentares territoriais sustentáveis.

  • Reforçar as capacidades dos atores locais para perenizar as atividades e influenciar as políticas públicas agrícolas.

O projeto em ação

  • Formar e acompanhar os produtores (horticultores e unidades de transformação) através da metodologia Formação Agrícola e Agroalimentar Participativa da ESSOR.
  • Experimentar novas práticas ecológicas e organizar trocas de experiencias: fabricação de biopesticidas, insumos naturais, diversificação de culturas, …
  • Desenvolver unidades de transformação agroalimentar de produtos agrícolas.
  • Comercializar legumes e produtos transformados, com certificação conforme as regiões.
  • Organizar eventos de sensibilização sobre «consumir local» e alimentação sustentável.
  • Organizar as formações técnicas / de gestão para os atores locais (Organizações de Produtores, ONGs parceiras, técnicos de serviços estatais agrícolas).
  • Dinamizar espaços de concertação multi-atores em torno dos desafios da agricultura periurbana
  • Capitalizar, elaborar e divulgar guias técnicos / manuais práticos
A pepita !

Fabrico e comercialização de insumos agroecológicos (biopesticidas, biofertilizantes, etc.). O desenvolvimento de cadeias de mercadorias requer um trabalho sobre a disponibilidade de factores de produção, o que permite optimizar a produção. Através da Formação Agrícola Participativa, os horticultores estão interessados em práticas agrícolas sustentáveis, mas como estes são novos insumos e serviços relacionados com a agroecologia não estão na sua maioria disponíveis localmente (disponibilidade de biopesticidas, estrume orgânico, etc.). Alguns jardineiros de mercado desejam, portanto, produzi-la e vendê-la. São organizados cursos de formação sobre técnicas de produção, gestão e técnicas de vendas para estes insumos ecológicos para pessoas ou grupos com uma ideia e vontade de a transformar numa actividade geradora de rendimentos. São então acompanhados no desenvolvimento dos seus negócios, particularmente na procura de clientes, e é prestado apoio material de acordo com o tipo de actividade.

Eu pratico horticultura há muito tempo e eu comecei a me interessar pelas práticas agroecológicas porque me dei conta de que os produtos químicos são perigosos para a saúde e que temos muitas plantas locais que podemos valorizar. Em geral, nós discutimos pouco sobre nossas práticas com outros horticultores mas durante as formações do projeto, discutimos, trocamos e aprendemos com os outros. Por exemplo, os homens têm práticas diferentes das mulheres, normalmente utilizam mais produtos químicos. Com a formação, eles se dão conta de que perdem dinheiro e que nós temos razão, nós as mulheres, por utilizar menos produtos químicos. Eu sou secretária de um grupo «As Mães de Mbuono», nós somos 7 mulheres, as outras não estão inscritas na formação mas eu vou implementar as novas técnicas no terreno coletivo e elas a seguir ficarão convencidas. Para mim, este projeto é verdadeiramente uma grande sorte.
Sra. Mingole horticultor Brazzaville, Congo

Alguns dados...

  • 2417 horticultores acompanhados (58% de mulheres).
  • 196 transformadores acompanhados.
  • 46 Organizações de Produtores acompanhadas.
  • 5 ONG parceiras.
  • 10 Parceiros Públicos envolvidos.

Ao nosso lado neste projeto

Parceiros Operacionais

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